Apesar dos esforços da Secretaria de Saúde, este ano 12 casos de dengue já foram confirmados, sendo 9 no Bairro Santa Edwiges, 2 no Bairro da Cruz e 1 na Vila Nunes.
No ano passado, para combater e eliminar os focos do mosquito da dengue, Lorena intensificou os trabalhos de campo. Durante o ano de 2014 foram registrados mais de 41 mil vistorias casa a casa, quase o dobro do que foi realizado em 2012, 21 mil. Dos 7.126 pontos de Bloqueio e Controle de Criadores (BBC) e Bloqueio de Nebulização (BN) em 2012, mais que triplicou, sendo registrados 27.513 bloqueios. O arrastão cata-trecos, que ajuda a população no descarte de todo tipo de entulho, como galhos de árvores e móveis velhos, antes não realizado, em 2014 teve o registro de mais 6 mil ações.
Para agilizar o diagnóstico e o tratamento dos pacientes com dengue, desde 2013 Lorena faz os exames para verificar se a pessoa já teve ou está com dengue no laboratório do próprio município. Lorena é um dos poucas cidades da região que realizam os exames e optou pela medida pois, antes, os resultados demoravam cerca de 10 dias e agora ficam prontos em no máximo 2 dias.
A da Secretaria de Saúde, por meio do Controle de Vetores da Vigilância Epidemiológica, lembra que é a importante a população se conscientizar dos perigos da dengue que, muitas vezes, leva a morte.
O coordenador do Controle de Vetores, Edmilson Vasconcelos, ressalta a importância dos moradores fazerem as vistorias nas casas e tomarem as devidas precauções. “O que mais notamos são as negligências aos ralos e pratos de vasos de plantas. Nós orientamos, mas precisamos que a população realize as medidas necessárias dentro das residências e quintais”, alerta o coordenador.
De acordo com o educador de saúde da vigilância epidemiológica de Lorena, David Quadros, os trabalhos de combate a dengue estão sendo realizado incessantemente na cidade, seguindo todos os protocolos, porém apenas o poder público não é capaz de controlar uma infestação. “Precisamos do apoio da população, pois 90% dos criadouros do mosquito se encontram no interior dos imóveis. E ainda, com o aumento das temperaturas e das chuvas, o ciclo de reprodução do mosquito fica mais rápido, por isso, pedimos uma atenção ainda maior dos moradores, observando seus quintais e jardins, de modo a retirar todo objeto que possa acumular água parada”, afirma o educador.
O coordenador do controle de vetores ainda reforça que a única forma de eliminar o mosquito da dengue é acabando com os criadouros. “Toda vez que um novo caso é notificado, fazemos o bloqueio de nebulização. Só que temos que ter cuidado com essa medida. A nebulização não pode ser feita muitas vezes, pois o mosquito pode criar resistência ao veneno”, afirma Edmilson Vasconcelos.
Outra dificuldade relatada pela equipe de controle de vetores é a resistência dos moradores em deixarem os agentes entrarem nas casas. “De cada dez moradores, dois não permitem a entrada dos agentes. Esse trabalho é essencial, pois os agentes auxiliam os moradores a encontrar e orientam como eliminar os criadouros da dengue. Por isso, queremos pedir a colaboração da população, deixando os agentes entrarem nas residências e colocando em prática todas as orientações que eles passarem”, ressalta Edmilson Vasconcelos. O coordenador do controle de vetores ainda informa que os agentes da dengue estão sempre identificados com crachá e uniforme.
As dicas da vigilância epidemiológica para o combate aos principais criadouros do mosquito da dengue em Lorena são:
_Manter os pratos de plantas com areia até a borda
_Colocar telas nos ralos ou tratar quimicamente com a adição de cloro ou água sanitária.
É importante também estar atento aos sintomas da dengue, para um rápido diagnóstico e tratamento. Os principais sintomas da dengue são febre alta, dor de cabeça e dor atrás dos olhos. Ao sentir esses sintomas a orientação é procurar a unidade de saúde mais próxima e jamais tomar remédios por conta própria, pois medicamentos para dor e febre que contenham ácido acetíl salicílico podem agravar o quadro da doença.
