A ADL (Avaliação de Densidade Larvária) realizada em Lorena no mês de outubro trouxe um resultado preocupante para a cidade. Em 3,9% dos imóveis pesquisados foram coletadas larvas do Aedes aegypti. O índice considerado aceitável pelo Ministério da Saúde é de no máximo 1%.
Se comparado ao último índice de 1,3%, realizado em um levantamento no mês de julho, houve aumento significativo. O motivo, segundo a equipe da Vigilância Epidemiológica, é chegada de uma estação quente e chuvosa, o que favorece o surgimento de criadouros.
Apesar de Lorena não registrar casos confirmados de dengue desde abril de 2017, com 3,9%, a cidade entra em estado de alerta para uma possível indicação de epidemia de dengue. É importante ressaltar que o mosquito Aedes também transmite outras doenças graves, como Chikungunya, Febre Amarela e Zika Vírus, por isso o cuidado deve ser redobrado.
Ainda segundo a ADL, os bairros com maior índice de focos do mosquito foram Vila Brito, Vila Nunes, Parque Rodovias, Bairro da Cruz, Cidade Industrial, Vila Hepacaré e Jardim novo Horizonte. Nestes locais, a Secretaria de Saúde realiza um trabalho intensificado, com mobilização dos agentes, limpeza e conscientização dos moradores.
Os principais focos de proliferação encontrados no levantamento estão no acúmulo de água em reservatórios deixados nos quintais e terrenos, como baldes, latas e frascos, demais materiais inservíveis e materiais de construção, que podem ser combatidos com a limpeza dessas áreas pelos proprietários e descarte correto de lixo, e nos ralos externos, local que deve receber manutenção com cloro ou água sanitária, a cada três dias, ou colocação de tela.
É importante que a população colabore, realizando nova vistoria em seus imóveis após cada chuva. Somente a eliminação de criadouros pode fazer com que o índice de infestação seja reduzido, diminuindo os riscos para a população. Quanto menor a infestação, menores são os riscos de transmissão de Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela.
Sobre a Febre Amarela, em especial, cabe salientar que a vacina preventiva já está na rotina do calendário de imunização desde julho, com disponibilização da dose padrão, não mais a fracionada.